quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Que lindo palhaço!


Em plena tarde primaveril - embora o sol de verão estivesse truando lá fora -, um palhaço brincava entre violinos e violoncelos. Meigo, gentil, engraçado. Era Orlângelo Leal - ou melhor, Bitovin [referência a Beethoven] escrito do jeito cearense mesmo, como ele explicou -, todo colorido, vestido e pintado à caráter no concerto didático da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho da Semana da Criança. A apresentação, realizada no Theatro José de Alencar (TJA), também comemorava o selo e o carimbo comemorativos dos Correios aos dez anos da orquestra.

Rodopiando, saltando e cantando, Bitovin trazia a platéia, formada por crianças e adolescentes, para junto dos músicos. Falando em cearês puro e simples, fazia aquela cambada de minino dar altas gargalhadas. Ajudando os que subiam para arriscar uns acordes nos instrumentos, deixava-os seguros de que não precisavam harmonizar nenhuma nota: o importante alí era a experiência com os músicos e os instrumentos.

Bitovin - ou será Orlângelo Leal? - é um minino feliz, uma criança linda que gosta de fazer novos amigos - só naquela tarde, foram mais de 300. "A idéia é criar um formato de ouvir música erudita de forma lúdica. O concerto abre oportunidade para que as crianças conheçam elementos da música que não estão na mídia", disse nos bastidores do palco do TJA. O músico e ator compõe a banda Dona Zefinha.

Curiosidade

Dependendo do número de músicos e do volume do som, a orquestra recebe sua classificação. É o que explica o regente da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho, Márcio Landi. Uma sinfônica, por exemplo, necessita de um grande volume de som. Já a de câmara, nem tanto. O nome, aliás, deriva do italiano e significa quarto ou aposento. Ou seja, a orquestra de câmara é apropriada para tocar em ambientes pequenos. Formada basicamente por instrumentos de corda, a orquestra de câmara remonta ao período barroco [século XVII]. Sua sonoridade, conforme o regente, é mais intimista.

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