quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Jornalismo e violência?


Tropa de Elite pode ser a bola da vez no cinema e no mercado de DVDs piratas, mas os fatos do filme, se contados em forma de notícias, não causariam grande alarde. Aliás, em vez da euforia do público, desdém, ou mesmo reclamação, fosse a reação dele. É que a idéia de que o povo gosta de ler preferencialmente sobre fatos violentos está com os dias contados [o jornal que continuar nesse viés pode estar assinando o contrato de falência].

É óbvio que a questão da segurança pública tem de ser pauta constante nas mais diversas mídias - na TV mais ainda. De fatos sobre mortes, assaltos e outros crimes, as pessoas estão saturadas e virando zumbis do Barra Pesada, do Cidade 190 e lá vai. Mas a cobertura ainda está evoluindo.

Qual das duas manchetes você prefere: "Casal é assaltado na avenida Raul Barbosa" ou "Aumenta números de assaltos na Raul Barbosa"? Você prefere conhecer o fato ou o fenômeno?

A principal questão da cobertura sobre segurança pública está nesse detalhe. Casais assaltados nessa avenida, infelizmente, é fato freqüente. E por que isso acontece? Onde está o policiamento? O que se tem feito para dar mais segurança às pessoas que têm de circular por alí?

É isso o que o leitor e a população esperam de nós, jornalistas: que escrevamos algo que traga noção do que acontece na cidade e que, acima de tudo, esclareça.

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