Imagine uma revista em quadrinhos em que um dos personagens é negro e chamado pelos amigo de "preto", ou uma ilustração com ditados em que consta a imagem de uma mulher levando um murro de um homem e, embaixo, lê-se "Pancada de amor não dói". Ou mesmo uma tirinha que traz um garoto perguntando a um senhor que teve uma das pernas amputadas se o chinelo que achara pertencia a ele. Se você está pronto para disparar todos os discursos politicamente corretos, esqueça. Trata-se de produções do artista Luiz Sá que estão expostas no Centro Cultural Banco do Nordeste.
A exposição acontece por evento dos 100 anos de nascimento do artista, que morreu em 1979. Dentre as obras expostas, vários quadrinhos dos danados Reco-reco, Bolão e Azeitona, mostrando a amizade e a arenga entre eles. Não dá para sair da exposição sem dar gostosas risadas das historinhas e sem admirar exemplares das publicações do artista. Também não dá para passar por lá sem curtir o Pinga-fogo, o detetive errado, com histórias que profeciam a série CSI.
Algumas ilustrações parecem prever o momento em que vivemos, como "Fortaleza, como te vi e te vejo agora", que mostra, em um plano, casinhas, datado de 1929, e noutro, altos prédios, com a data de 1978 - e muito atual em 2007.
É massa também sentar no banco do fundo de uma salinha escura onde passa um documentário sobre Luiz Sá, produzido nos anos 1970 por Roberto Machado Jr. e recentemente recuperado.
SERVIÇO
Exposição Luiz Sá - 100 anos
até 31 de outubro no Centro Cultural Banco do Nordeste
Rua Floriano Peixoto, 941, Centro
Telefone: 85 3464 3108
*imagem retirada do site Gibindex
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