sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ronda do Quarteirão e as "frescuras de rabo"

Alguém lembra quando o Ronda do Quarteirão foi anunciado? E a primeira data em que ele deveria ter começado? Não lembro e não tive saco para buscar no Google. Mas a verdade é que já faz tanto tempo que qualquer coisa que se refira ao famigerado programa chama a atenção. Uma vez foi o desfile secreto dos modelos das fardas que seriam escolhidas - propostas por estudantes de Estilismo e Moda que participaram de um edital lançado pelo Governo - e ontem foi a gravação do comercial.

Os dois momentos aconteceram envoltos de mistérios: no primeiro, a imprensa não pôde participar e fez-se segredo sobre o modelo escolhido [espectadores do desfile declararam que foi um cáqui, tradicional] e no outro nenhuma informação foi dada pelo major que supervisionava a gravação [que não quis dizer o nome e ainda disse que estava passando por lá e parou para olhar]. Além de tudo, ainda solicitaram ao repórter fotográfico do O Povo, Dário Gabriel, que apagasse as fotos - foi feito, mas o ato é reversível nas modernas câmeras digitais profissionais e hoje a foto estampa a capa do jornal.

Ora, mas o Ronda não é direcionado ao povo? Então porque não dar esclarecimentos e informar os procedimentos nesse meio tempo em que o programa não é lançado? Fico p... da vida enquanto repórter quando esses oficiais não querem falar, mas mais p... ainda quando eles escondem da população o que estão fazendo com o dinheiro público - afinal, foi com esse dinheiro que eles compraram Hilux com câmbio automático e bancos de couro, mandaram fazer fardas azuis-bebê com boinas, contrataram uma produtora pra fazer o vídeo e outras coisas que eles fazem pelo Ronda com o dinheiro público e mantêm em segredo.

Leia a matéria que saiu hoje no O Povo sobre a propaganda do Ronda do Quarteirão

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