sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Todo mundo em cima

Nunca tinha encontrado a prefeita Luizianne Lins até o mês passado, quando a vi na Câmara Municipal. Como sempre, chegando atrasada nos eventos - isso quando ela vai a eles -, os jornalistas foram todos ao seu encontro no hall atrás do plenário. O evento dava conta da formação de uma comissão GLBTTT (para quem ainda não conhece a nova sigla, Gays Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros - os Ts não necessariamente nessa ordem), mas as perguntas iam além, muitas abordando a possível reeleição (pergunta básica de todo jornalista de política).

Naquele momento, estava somente de passagem pelo local para pegar a repórter Déborah Vanessa, também estagiária do jornal O Povo (eu vinha de uma pauta no bairro Lagoa Redonda) e não interagi com Luizianne. Já hoje foi-me dada a pauta do lançamento do pacote da habitação de 2008, em que ela assinaria os contratos dos seis projetos a serem executados. Minha missão, porém, foi estendida a pedido do jornalista Eliomar de Lima, que me incumbiu de indagar à prefeita qual a sua escolha nas eleições do PT estadual.

Eram umas 17 horas quando Luizianne chegou para o evento marcado para as 16 - atraso razoável... Tão logo botou o pé na sala VIP do Ginásio Paulo Sarasate, onde acontecia o evento, os jornalista a rodearam. Eu quase faço a clássica de largar a pessoa que entrevistava e sair correndo para chegar na outra. A pessoa era não menos que José Pimentel, deputado federal pelo PT, que me explicava os requisitos para obras entrarem no orçamento da união. Gentil e compreensivo, ele percebeu que eu queria ouvir a prefeita.

O resto da imprensa se dera por satisfeita, mas eu sai caminhando ao lado de Luizianne para cumprir minha missão. Segui-a até a entrada do palco, no que ela foi me dizendo o que está postado no blog do Eliomar de Lima.

Palco e alambrado

Havia muita gente no ginásio - tanto quem vai ser benficiado pelos projetos quanto quem ainda não foi contemplado. A maioria querendo agradecer e outros querendo cobrar. Mas o destaque ficou para os primeiros. "Essa é a prefeita do povo, prefeita do povo", gritava uma mulher na direção de Luizianne. No final, juntaram-se algumas dezenas de pessoas perto do alambrando segurando papelzinhos dobrados. "Eu pedi um emprego para ela, escrevi meus dados no papel", disse uma moça. Já uma senhora disputava o espaço do gargarejo estendendo a mão para a prefeita. "Fui só pegar na mão dela, acho ela linda."

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